A empresa chinesa Xiaomi anunciou nesta sexta-feira uma queda considerada na receita do segundo trimestre, período em que o maior mercado de smartphones do mundo encolheu, atingido por restrições sanitárias relacionadas à Covid-19.
As vendas caíram 20% ano a ano e o lucro líquido da Xiaomi caiu 67% na base anual, para 2,08 bilhões de iuans, abaixo das estimativas dos analistas.
Wang Xiang, presidente da Xiaomi, afirmou que o ressurgimento da pandemia, o aumento de preços dos combustíveis, custos de insumos e inflação impactaram as vendas no exterior.
As vendas de smartphones da Xiaomi, carro chefe das vendas, caíram 29%. As ações da empresa caíram quase 40% desde o início de 2022, atingidas pela desaceleração da economia chinesa e pelo menor crescimento no exterior.
Na Índia, o mercado mais forte da Xiaomi fora da China, a empresa foi alvo de investigações do governo por supostamente se esquivar dos reguladores fiscais.
As autoridades fiscais indianas apreenderam em abril 725 milhões de dólares em ativos da empresa, alegando que ela transferiu fundos ilegalmente para o exterior sob o pretexto de pagamentos de royalties. A Xiaomi negou qualquer irregularidade.