Pesquisadores da startup Voltiris, pertencentes à Escola Politécnica Federal de Lausanne (EPFL), na Suíça, desenvolveram painéis solares inteligentes que podem ajudar estufas agrícolas a gerarem a própria energia.
Segundo os cientistas, durante o processo da fotossíntese, como as plantas aproveitam apenas uma parte do espectro luminoso, o restante pode ser utilizado pelos novos módulos fotovoltaicos para produzir energia elétrica, sem comprometer o desenvolvimento de frutas e hortaliças.
As plantas são bastante seletivas sobre as partes do espectro que podem ser usadas em seu desenvolvimento. Durante a fotossíntese elas aproveitam apenas a luz vermelha e azul, por isso filtros desenvolvidos pela Voltiris direcionam partes do espectro verde e infravermelho para as células fotovoltaicas, onde eles são convertidos em energia solar.
As células fotovoltaicas são compostas por espelhos dicroicos que apresentam uma coloração diferente, dependendo do ponto de observação. A cor do vidro dá aos espelhos uma aparência decorativa, já que eles mudam de tonalidade conforme o tipo de luz que passa por eles.
Um sistema óptico otimizado concentra efetivamente a luz solar que chega até os espelhos. Já um dispositivo de rastreamento solar, instalado no teto da estufa, consegue estender em 40% o tempo em que os painéis fotovoltaicos podem continuar produzindo eletricidade.
Além disso, a inovação é capaz de reduzir as emissões de CO2 pela metade, fornecendo entre 60% e 100% da energia consumida pelas estufas. Com essa economia, o custo de instalação pode ser recuperado em até sete anos, revela o CEO da Voltiris Nicolas Weber.