Matthew Brown, da Universidade Binghamton, nos EUA, deu nova vida aos CDs transformando-os em matéria-prima para a fabricação direta de biossensores, muito úteis na Medicina, mas que hoje são muito caros quando produzidos da forma tradicional.
Os biossensores são pequenos dispositivos, implantáveis ou não, que utilizam reações biológicas para a detecção de um determinado alvo facilitando a interface doença x identificação, sem perder qualidade de diagnóstico.
Matthew verificou que muitos CDs usados em álbuns especiais de música e naqueles usados para fazer cópias de segurança, contêm como material ativo uma finíssima camada de ouro e não prata ou de alumínio, como nos CDs mais baratos.
Mais do que isso, ele descobriu que a fina camada metálica do CD pode ser separada do plástico rígido com muita facilidade, não apenas economizando material, mas também saltando todas as etapas de processamento do metal para criar os biossensores.
A equipe demonstrou tudo isto criando sensores para monitorar a atividade elétrica nos corações e músculos humanos, bem como atividades. Os sensores podem se comunicar com um aplicativo rodando no celular via Bluetooth.
Para se ter uma ideia, cada biossensor custa cerca de US$ 1,50, com o processo de fabricação levando de 20 a 30 minutos, sem liberar produtos químicos tóxicos ou precisar de equipamentos caros. Comparando que o método de produção tradicional, fazer um filme fino de ouro custa cerca de US$ 95 por grama só do metal nobre.
Mais uma vez, ciência e tecnologia unidos para melhorar o mundo!